Usinas de energia e mineradoras afogando a vida na floresta. A soja, o gado e a cana-de-açucar sufocando o cerrado e tingindo o campo de sangue. Grandes empreendimentos imobiliários apagando a mata e a alma de seus antigos habitantes. Ecocídio, genocídio, etnocídio…os povos originários continuam vítimas crônicas da violência capitalista.

Do lado de cá, assistimos um Governo alinhado com os ruralistas, ambos unidos contra os indígenas por um projeto baseado no agronegócio. Semelhante a certo Regime Militar que, apoiado por grandes capitalistas, massacrou milhares de índios sob o signo do desenvolvimentismo. Não muito diferente de uma velha república que saqueou terras ancestrais, ou de um Império ou Colônia com suas “guerras aos bárbaros”. A cada novo surto de desenvolvimento, uma nova epidemia genocida contra a terra e seus filhos. Assim parece ter sido nossa história: O Estado, sustentado por interesses particulares poderosos, se desenvolve através de políticas de genocídio aos povos indígenas. Dos aldeamentos coloniais, passando pelos diretórios imperiais, reservas republicanas até chegar às terras indígenas atuais, a política segue sendo o roubo de terras e de vidas.

Contra a barbárie do capitalismo, levanta-se o infinito do luto e da luta dos povos indígenas. Em pleno século XXI, a resistência originária assume uma nova forma, e também uma nova amplitude. O que significa esta resistência primeira para todos nós? Contra o quê ela se levanta? Como e onde existe? Qual é nosso papel e destino frente a tudo isto? São múltiplas as questões, e um único clamor: Passados mais de cinco séculos, é hora dos filhos da terra se unirem…

Cine Protesta – Mostra de Lutas Sociais no Brasil
Dia 29.09 às 16h
ECLA (Espaço Cultural Latino Americano)
Rua Abolição, 244 – Bela Vista – SP

LUTAS INDÍGENAS
Exibição do documentário Desterro Guarani – Projeto Vídeo nas Aldeias
+ Curtas

Debate com Claudia e Davi – lideranças Guarani

Compareçam!